Pedro & Diana
Corriam os loucos anos 80, quando Pedro se apaixonou, lá estava ela linda, saboreando uma limonada na esplanada do jardim público, com um vestido amarelo ornado a folhinhos de renda branca, chamava-se Diana. Rapidamente passaram a beber a limonada pela mesma palhinha, e durou, e durou, e durou, eram felizes, amavam-se e tudo lhes parecia mais bonito…Corria o quente mês de Agosto quando Pedro propõe o seguinte: “Amor, estava a pensar, e se gravasse-mos para sempre o nosso amor nos nossos corpos? / Estás a dizer, fazer-mos uma tatuagem, como aquele coração que o meu primo Mariano, que está imigrado no sul de França, tem? / Sim, meu docinho, como a dele/ Hó Pedro não sei o que seria eu sem ti, és tão romântico, amo-te amor…”
E lá seguiram eles para a Baixa Chiado, debaixo de um sol tórrido que lhes aquecia as carnes, entraram num estúdio muito escuro e pequeno, e deram inicio à dolorosa prova de amor. Ficaram bonitas as tatuagens, eram dois corações com um vermelho muito vivo, debruados com uma fita, onde se podiam ler os nomes dum e doutro.
O mar de Rosas durou apenas mais dois meses, entretanto separam-se e cada um segue a sua vidinha, casam-se têm filhos, e a prova de amor feita em tempos remotos teimava em afirmar-se nos seus corpos, entretanto os dois tomam uma decisão, retirar de uma vez por todas as lembranças de um amor antigo. O que iremos ver a seguir não é aconselhável a pessoas extremamente sensíveis, mas mesmo assim vejam e reflictam, para não vos acontecer o mesmo, apesar de não deixar de admirar a proeza destes dois ex amantes, mas nunca faria o mesmo que eles.
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